Condições Adquiridas no Hospital
As condições adquiridas são complicações que surgem durante a internação e que não estavam presentes no momento da admissão do paciente. Elas não fazem parte da evolução natural da doença que motivou a internação, e, geralmente, estão associadas a falhas no processo assistencial ou a eventos adversos evitáveis.
Exemplo prático
Um paciente internado para cirurgia de hérnia inguinal desenvolve infecção no sítio cirúrgico durante a internação. O prontuário médico registra o caso como uma falha assistencial. Neste cenário, a infecção deve ser registrada como condição adquirida, pois:
Não estava presente na admissão;
Está claramente associada a uma complicação do cuidado prestado.
Regras de codificação
Para registrar corretamente uma condição adquirida, siga as orientações abaixo:
- Identifique o momento do evento: Verifique se a condição surgiu após a admissão. Condições já existentes na entrada do paciente não devem ser consideradas adquiridas.
- Avalie a relação com a doença de base: Se a complicação estiver diretamente ligada à doença que motivou a internação, o evento deve ser registrado como CID secundário, e não como condição adquirida.
- Consulte a equipe de segurança: Em caso de dúvida sobre o enquadramento do evento, é recomendável buscar validação junto à CCIH, ao Núcleo de Segurança do Paciente ou ao médico assistente responsável.
Uma condição só deve ser registrada como adquirida quando houver evidência clara e objetiva no prontuário.
Não se deve assumir julgamentos clínicos ou interpretar indiretamente a origem do evento.
O nexo com a assistência precisa estar documentado explicitamente pela equipe médica ou pelos setores de vigilância e segurança.
Clique aqui para ver o passo a passo de como registrar condição adquirida no sistema
Perguntas Frequentes
Não. Apenas eventos que não estavam presentes na admissão e não fazem parte da evolução natural da doença base podem ser classificados como condição adquirida.
Sempre que houver dúvida, é recomendável consultar a CCIH, o Núcleo de Segurança do Paciente ou o médico responsável. A decisão deve estar embasada em registro clínico ou parecer técnico.
A condição deve ser registrada na aba Condição Adquirida, com o respectivo procedimento do tratamento realizado para o evento adverso.
Nesses casos, é possível que o DRG seja reclassificado como Pós-MDC, especialmente se o procedimento não tiver relação direta com o CID principal.
Finalize o registro com uma descrição clara na aba Análise Crítica, validando o ocorrido.
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