No DRG Brasil, a correta aplicação das especializações dos códigos CID-10 é essencial para uma codificação precisa e eficaz. Este guia explora as três especializações principais - Atendimento Inicial, Atendimento Subsequente e Sequela - e fornece exemplos práticos para garantir que você possa aplicá-las corretamente em suas codificações.
Atendimento Inicial
O atendimento inicial refere-se ao tratamento ativo que o paciente está recebendo para uma condição de saúde específica. Isso não se limita ao primeiro atendimento ou consulta, mas sim ao início do tratamento ativo para a condição em questão. Mesmo que o paciente tenha recebido tratamento anteriormente em outra instituição, se o tratamento ativo está sendo conduzido na instituição atual, este é considerado atendimento inicial.
Exemplo: Um paciente atendido em um pronto-socorro para uma fratura de fêmur e recebe imobilização é então internado para um procedimento cirúrgico. Quando o paciente é internado para o tratamento cirúrgico da fratura, essa internação é classificada como atendimento inicial, por ser o início do tratamento ativo para a fratura na nova instituição.
Atendimento Subsequente
O atendimento subsequente é caracterizado por cuidados durante a fase de recuperação após o tratamento ativo. Este inclui procedimentos como a remoção de gesso, ajustes de medicamentos e cuidados pós-operatórios. O atendimento subsequente indica que o paciente está em fase de recuperação e está recebendo cuidados de rotina.
Se o paciente precisar de um ajuste no plano de cuidado, como retornar ao centro cirúrgico, o atendimento se torna novamente ativo e, portanto, é classificado como atendimento inicial.
Exemplo: Após a cirurgia para fratura de fêmur, o paciente retorna para a remoção do gesso e ajustes de medicamentos. Este atendimento é considerado subsequente por estar focado na recuperação do paciente após o tratamento ativo.
Sequela
A sequela refere-se a complicações ou condições que surgem como resultado direto de uma lesão ou doença previamente tratada. Essas sequelas aparecem como efeitos tardios e não podem ser codificadas simultaneamente com um atendimento inicial para a mesma condição, a menos que ambas as condições coexistam. Nesse caso, dois códigos devem ser usados: um para a condição principal e outro para a sequela.
Exemplo: Após uma queimadura, um paciente pode desenvolver cicatrizes como uma sequela. A dor persistente após a fase aguda da queimadura também é considerada uma sequela e deve ser codificada separadamente.
Importância da codificação precisa
Aplicar corretamente as especializações de atendimento inicial, subsequente e sequela é crucial para o agrupamento e a gravidade clínica dos pacientes na plataforma DRG Brasil. Analise cuidadosamente as informações do prontuário para definir o código apropriado.