Por vezes, nos deparamos com casos complexos de pacientes politraumatizados. Surge a dúvida: estamos codificando adequadamente para expressar o nível de gravidade desses pacientes no DRG? 🤔
Para um paciente ser considerado portador de um trauma múltiplo significativo, algumas regras para o sequenciamento devem ser observadas:
Regras de Sequenciamento:
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Conjunto Mínimo de Códigos:
- Um código de diagnóstico principal de trauma significativo.
- Dois códigos de diagnóstico secundário de trauma significativo, de diferentes partes do corpo.
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Codificação Separada:
- Traumas significativos devem ser codificados separadamente por localização.
- A localização do trauma mais grave, conforme determinado pelo médico e foco do tratamento, deve ser codificada como CID principal.
Observação Importante:
No capítulo 19 da CID-10, encontram-se os códigos para diferentes tipos de lesões:
- Seção "S": traumatismos afetando uma única localização anatômica.
- Seção "T": traumatismos afetando localizações anatômicas múltiplas ou não especificadas, queimaduras e outras consequências de causas externas.
A categoria de traumatismos múltiplos só é utilizada quando não há informações suficientes sobre a natureza dos traumatismos de cada localização separadamente.
Especificidades para Traumas Múltiplos Significativos:
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CID “T07 Traumatismos múltiplos não especificados”:
- Não deve ser atribuído como CID Principal, pois não reflete a gravidade do paciente e não aloca corretamente no DRG.
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Códigos para Lesões Traumáticas:
- Não devem ser utilizados para lesões normais, em cicatrização, cirúrgicas ou complicações de feridas cirúrgicas.
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Fraturas Traumáticas:
- Devem ser codificadas individualmente por local.
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Lesões Significativas:
- Encontram-se no capítulo 19, mas nem todas as lesões deste capítulo são significativas.
- Codificação adequada, confirmada em prontuário, caracteriza o paciente como portador de trauma múltiplo significativo.
Dicas Importantes:
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Sequenciamento Adequado:
- Interfere diretamente no agrupamento e nível de complexidade dos casos.
- Faça testes e avalie o resultado da sua codificação.
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Atendimento Inicial, Subsequente e Sequela:
- Não se esqueça de considerar as especializações de atendimento inicial, subsequente e sequela na codificação.
💡 #Importante: Fique atento ao sequenciamento adequado e avalie sempre o resultado da codificação para garantir que o paciente seja categorizado corretamente no DRG.