Por que não usar CIDs de causas externas como diagnóstico principal?

Os códigos da CID-10 que iniciam com as letras V a Y são considerados causas externas de morbidade e mortalidade. Esses códigos descrevem as circunstâncias do evento (como um acidente, queda ou agressão), e não a natureza da lesão ou condição clínica resultante. Por esse motivo, não devem ser utilizados como diagnóstico principal em nenhum cenário de codificação na Plataforma Valor Saúde Brasil.

Por que não usar essas causas como CID Principal?

O diagnóstico principal deve representar a condição clínica que motivou a internação, ou seja, a doença ou lesão que demandou cuidados hospitalares. As causas externas complementam essa informação, indicando o contexto do evento, mas não descrevem a patologia em si.

Ao usar um CID de causa externa como diagnóstico principal, o sistema DRG Brasil não consegue agrupar corretamente o caso, gerando trava automática e impedindo a classificação do DRG.

Exemplos de CIDs de causas externas

• V04.1 – Pedestre traumatizado em colisão com um veículo de transporte pesado ou ônibus
• V13.9 – Ciclista traumatizado em colisão com automóvel ou caminhonete – ciclista não especificado

🛑 Esses códigos devem ser usados como diagnóstico secundário para complementar a codificação da lesão (ex: fratura, TCE, trauma abdominal, etc.), e nunca como CID principal.

Perguntas Frequentes

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