Os CIDs de sinais e sintomas são encontrados no capítulo 18 da CID-10, abrangendo sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório não classificados em outra parte (R00-R99). Nossa recomendação é evitar o uso desses CIDs quando já é possível lançar um código de uma doença cujo diagnóstico já foi fechado.
Quando evitar o uso de CIDs de Sinais e Sintomas
Vamos a um exemplo:
- Paciente A.F.G é admitido no hospital com dor abdominal aguda e febre. Ao final do dia, o diagnóstico foi de apendicite aguda com abscesso peritoneal. Neste caso, o CID Principal do paciente será K35.1 - Apendicite aguda com abscesso peritoneal. Não é necessário lançar como CIDs Secundários os CIDs das categorias R10 - Dor abdominal e pélvica e R50 - Febre de origem desconhecida e de outras origens, pois já é esperado o lançamento do CID da apendicite aguda (diagnóstico fechado), que cobre a dor abdominal e a febre.
Utilizar CIDs de sinais e sintomas quando já existe um diagnóstico fechado pode atrasar o processo de codificação. Quando há um diagnóstico específico a ser codificado (como a apendicite aguda), a codificação de sinais e sintomas não altera a complexidade clínica e essas informações não são úteis para a análise epidemiológica da população assistida.
Quando utilizar CIDs de Sinais e Sintomas
Você deve lançar CIDs de sinais e sintomas apenas em três ocasiões:
- Síndromes sem código específico: Quando não há um código adequado na CID-10 para a doença em outros capítulos (exemplo: choque cardiogênico).
- Diagnóstico não fechado: Quando não há um diagnóstico fechado até o momento da codificação (exemplo: na codificação de DRGs admissionais).
- Sinal ou sintoma relevante: Quando o sinal ou sintoma é relevante para a passagem hospitalar, mas não faz parte de nenhum diagnóstico fechado no momento da passagem (exemplo: disfagia).
Importância da codificação de boa qualidade
Uma codificação de boa qualidade impacta diretamente no DRG gerado para o paciente e, consequentemente, na análise de resultados da sua instituição. Garantir que a codificação esteja correta e precisa é fundamental para a análise clínica e epidemiológica.