Quando um paciente é admitido devido a uma neoplasia primária com metástase, e o tratamento é direcionado exclusivamente ao local metastático (secundário), a neoplasia secundária deve ser codificada como o diagnóstico principal, mesmo que a neoplasia primária ainda esteja presente. Essa regra reflete o foco clínico e a razão principal para a internação.
Regras de Codificação
- Diagnóstico Principal: O local metastático (neoplasia secundária) deve ser registrado como o diagnóstico principal.
- Diagnóstico Secundário: A malignidade primária deve ser listada como um diagnóstico secundário.
- Complicações e condições associadas: Diagnósticos adicionais devem ser incluídos conforme necessário, refletindo outras condições relevantes ao tratamento ou à avaliação durante a internação.
Exemplos de Codificação
Tratamento exclusivo do local secundário
Paciente portador de câncer de bexiga com metástase hepática, internado para a retirada de nódulo metastático no fígado.
- Diagnóstico Principal: C78.7 - Neoplasia maligna secundária do fígado.
- Diagnóstico Secundário: C67.3 - Neoplasia maligna da parede anterior da bexiga.
Foco no local metastático
Paciente com câncer pulmonar primário e metástase óssea, internado para manejo da lesão óssea metastática.
- Diagnóstico Principal: C79.5 - Neoplasia maligna secundária do osso.
- Diagnóstico Secundário: C34.9 - Neoplasia maligna do pulmão, não especificada.
Orientações Adicionais
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Casos de Múltiplas Metástases:
Quando o tratamento envolve múltiplos locais metastáticos, priorize como diagnóstico principal o local metastático mais relevante ou aquele que consome maior recurso clínico durante a internação. -
Tratamento da Malignidade Primária e Secundária Simultaneamente:
Se o tratamento envolver tanto a neoplasia primária quanto a secundária, escolha como diagnóstico principal o que motivou diretamente a admissão ou consumiu mais recursos no tratamento.
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